BRASIL

Compras de aços planos no Brasil caem 6,6% em julho

25/08/2021

O instituto informou que as vendas de aços planos em julho totalizaram 261,4 mil toneladas, queda de 12,8% se comparado a junho (300 mil toneladas) e recuo de 23,8% ante as 344 mil toneladas registradas no mesmo mês do ano passado.

Para agosto, a expectativa da rede associada é de que as compras tenham uma queda de 2% perante julho e as vendas uma queda de 1,9% na mesma base comparativa.

Já as importações encerraram o mês passado com queda de 6,5% na comparação com junho, com volume total de 211,3 mil toneladas contra 226 mil. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 181,9%.

Enquanto isso, o estoque de julho subiu 4,4% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 820,2 mil toneladas contra 785,8 mil. O giro de estoque fechou em 3,1 meses.

Previsão de vendas

O presidente-executivo do Instituto, Carlos Jorge Loureiro, disse que a previsão de vendas de aço planos em 2021 foi reduzida. A estimativa, que era de um aumento de 5% para esse ano, passou para algo em torno da estabilidade.

"Estamos passando por um momento de ressaca. Tivemos um primeiro semestre muito bom, mas a segunda metade do ano será mais fraca quando comparado ao mesmo período do ano passado. Por isso, agora nossa previsão é chegar no final do ano perto do zero a zero", declarou durante a teleconferência.

Loureiro destaca as incertezas políticas e econômicas internas, que devem pesar sobre o real, entre os fatores de pressão. "Vejo o dólar muito mais subindo do que caindo", afirmou. Ele afirma que a queda recente do minério também impactou nos números, mas disse não ver os valores da commodity tão baixos no curto prazo. A forte concorrência com material importado barato é mais um fator no radar das empresas do setor.

O presidente do Inda disse que, além disso, o abastecimento robusto do mercado interno também se refletiu nos dados recentes. "Quem está reclamando de desabastecimento está completamente fora da realidade", destaca. Ele afirma que a maior preocupação no momento é com os preços, porém diz que, apesar dos excedentes, os valores continuam estáveis à medida que as usinas não têm feito nenhum tipo de concessão nesse sentido.

Loureiro disse ainda não prever um aumento de preço em um horizonte de três a quatro meses e que os valores internacionais do aço plano também têm se mantido firmes. As informações são do Broadcast/Estadão.