BRASIL

Novos projetos de mineração na Bahia receberão grandes investimentos

10/08/2021

De acordo com a Agência Nacional de Mineração (ANM), a valorização do minério de ferro e a alta do dólar têm sido responsáveis pelo incremento no faturamento de mineradoras na Bahia e têm também atraído novos investimentos para o estado. O estado conta com grandes projetos de mineração e com a chegada de novas empresas, o estado pode se tornar o terceiro maior estado produtor de minério de ferro do país. 

Estado conta com grande crescimento e faturamento com os projetos de mineração

Nos primeiros sete meses deste ano, o faturamento das mineradoras atingiu a marca dos R$ 5 bilhões, contra os R$ 2,9 bilhões obtidos no mesmo período de 2020, o que corresponde a um crescimento de 73% na receita. Muito desse crescimento no faturamento deve-se à entrada da BAMIN, que iniciou operação comercial na mineração em janeiro deste ano e pretende transformar a Bahia no terceiro maior estado produtor de minério de ferro do Brasil, tendo apresentado um crescimento na produção de quase 900% no primeiro semestre de 2021, em relação ao mesmo período de 2020 (ANM).

Eduardo Ledsham, presidente da mineradora BAMIN, diz que estão apenas raspando a superfície. A Bahia tem um potencial que vai muito além dos projetos de mineração da BAMIN. Atualmente os estados que mais produzem minério de ferro são Pará, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.

Estado da Bahia deverá receber grandes investimentos

A mineração brasileira deve receber investimentos de US$ 38 bilhões entre 2021 e 2025. A maior parte está prevista para ser realizada na Bahia, que deve receber aportes de US$ 13 bilhões (35% do total) em 28 municípios. O valor é o de aportes previstos por mineradoras em 92 diferentes projetos espalhados nas áreas de influência de 81 municípios em diversos estados, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

Dados da entidade apurados junto às mineradoras que atuam no país apontam que, destes 92 projetos, 23 são relacionados à produção de bauxita e alumina; 11 a insumos para fertilizantes como fosfato e potássio; nove de cobre; nove de zinco; oito de ouro; quatro de níquel; dois de minério de ferro; e 25 de outros minerais. Em segundo lugar no ranking de investimento aparece Minas Gerais, com US$ 11 bilhões (28%) em 11 municípios, seguido por Pará, com US$ 9 bilhões (23%) em 13 cidades; e outros estados, onde estão previstos aportes de US$ 5 bilhões (14% do total) em 29 municípios.