Em nota, a empresa afirmou que teve queda de 19% nas vendas do metal amarelo no período, resultado parcialmente compensado pelo aumento de 5% no preço médio realizado no período, de US$ 1.795/onça no segundo trimestre de 2021 em comparação com US$ 1.703/onça para o segundo trimestre de 2020.

A redução nas vendas reflete um volume menor de produção nas minas Pilar e Turmalina operadas pela empresa em Minas Gerais, afetadas pela pandemia de Covid-19.

"Semelhante ao Brasil, a Jaguar foi impactada pela Covid-19. A empresa viu os impactos da pandemia reduzindo na segunda metade do segundo trimestre e espera que as operações voltem ao normal nos próximos meses", disse o presidente e diretor-executivo da mineradora, Vern Baker.

Conforme o executivo, a companhia "começou a voltar aos níveis de produção sustentáveis na segunda metade do segundo trimestre".

"A produção de mais de 20.000 onças foi o primeiro passo para trazer a produção de volta a níveis sustentáveis. Dentro das limitações do primeiro semestre do ano, a empresa conseguiu expandir o programa de exploração e aumentar os investimentos em projetos de crescimento. A Jaguar vê um potencial significativo de crescimento e aumentará os gastos com exploração e crescimento no segundo semestre do ano", declarou ele.

De acordo com a empresa, os investimentos no segundo trimestre totalizaram US$ 10,53 milhões no segundo trimestre, um crescimento de 55,21% em relação aos US$ 6,78 milhões no mesmo período de 2020. No primeiro semestre de 2021, o capex totalizou US$ 19,61 milhões, aumento de 38,16% na comparação com os US$ 14,19 milhões investidos entre janeiro e junho do ano passado.

Além de "ajustes" por causa da pandemia, a inflação brasileira também teve impacto nos resultados da companhia no segundo trimestre. A Jaguar relatou aumento de 19,17% nos custos de produção operacional, de US$ 14,6 milhões entre abril e junho de 2020 para US$ 17,4 milhões no segundo trimestre de 2021.

Já os custos operacionais de caixa aumentaram 46% para US$ 858 por onça vendida "com as onças reduzidas e os custos aumentados", enquanto o custo total de manutenção (Aisc, na sigla em inglês) aumentaram para US$ 1.281 por onça por onça vendida no segundo trimestre de 2021, em comparação com US$ 586 e US$ 882, respectivamente, por onça de ouro vendida no mesmo período em 2020.

"Durante o primeiro semestre de 2021, a empresa viu uma inflação significativa nos custos de mão de obra, materiais de mineração, insumos de fábrica, óleo diesel e explosivos. Esses itens tiveram um aumento médio de cerca de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. A companhia acredita que alguns desses aumentos permanecerão em vigor para o balanço do ano", afirmou a empresa.

O lucro líquido para o segundo trimestre diminuiu para US$ 2,9 milhões, em comparação com US$ 19,2 milhões no mesmo período de 2020. As principais diferenças, de acordo com a mineradora, foram o declínio na receita, aumento de US$ 1,6 milhão nas despesas de depreciação, aumento de US$ 1,2 milhão nas despesas de exploração e uma perda cambial de US$ 3,3 milhões.

O fluxo de caixa livre foi de US$ 5,8 milhões para o segundo trimestre de 2021 com base no fluxo de caixa operacional menos despesas de capital, em comparação com US$ 21,4 milhões no segundo trimestre de 2020. O fluxo de caixa livre foi de US$ 285 por onça vendida no segundo trimestre de 2021 em comparação com US$ 858 por onça vendida no período correspondente de 2020.

Apesar da queda nos principais resultados financeiros, o Conselho de Administração da empresa declarou um dividendo em dinheiro equivalente a US$ 0,03 por ação ordinária, a ser pago em 30 de agosto aos acionistas registrados no fechamento dos negócios em 23 de agosto.

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Fonte da Notícia: Notícias de Mineração.